PRÓLOGO;

     O que se dizer quando tantas palavras, pensamentos e memórias remoem o seu coração? E o que fazer, quando tudo isso perdura por meses? 

Eu decidi canalizar todas essas coisas que vivem me incomodando, tanto as boas quanto as ruins.
Na minha opinião, quando não conseguimos esquecer algo, por mais que este "algo" tenha sido bom, devemos deletá-lo de nossa memória. Mesmo que momentaneamente seja necessário, pois enquanto ferido o coração não sabe diferenciar lembranças boas das lembranças que irão lhe magoar, e enquanto ferido qualquer lembrança irá magoar o seu coração.
Então esqueça, finja que aquele tempo, aquela pessoa e aqueles momentos simplesmente nunca existiram.

 Este blog foi criado no intuito de me ajudar a tirar esse peso de dentro do peito, compartilhar minha história, e quem sabe ainda ajudar alguém que esteja passando pela mesma situação.

Contarei uma história baseada em fatos reais, mudando apenas nomes e locais para não expor terceiros.
Falarei de uma moça chamada Laila, aos 20 anos ela é noiva de um rapaz e vive um relacionamento perfeitamente romântico. Até que um dia seu noivo comete um erro grave onde ela acaba sofrendo um acidente irreversível, sendo esse o grande clímax da história que lhes conto. Esta história é um romance que envolve sofrimento, mentiras e violência. Compreendo que alguns não irão gostar, mas com certeza se identificaram com algum fragmento do mesmo.
Começaremos com Laila no auge de sua depressão pós-término, onde ela resolve  canalizar sua dor contando escrevendo em seu velho diário sua história desde o início.
Com tudo, esta história se assemelha muito com a minha então em alguns momentos vocês poderão achar que estou contando uma autobiografia ficcional... bom é quase isso, então vamos lá!

Esta é a minha jornada.
Escreverei esta história para poder colocar o meu ponto final.

 Dedicatórias:

     - Familiares:

Para querida vovó, que toda vez que me ouviu chorar, inventava em sua mágica cozinha algo doce para "adoçar" minha tristeza.

Para mamãe, que sempre que me viu cabisbaixa ou com os olhos marejados, correu a me acalentar.

Para papai, que toda vez que me ouviu chorar, fez questão de ligar o carro e me levar para dar uma volta e sempre termos aquela conversa de que nada nem ninguém merece uma lágrima minha.

   - Amigos:

Para Rafael Ourique, meu querido amigo-irmão, que desde sempre me ouve, me consola e me ajuda. Até mesmo quando eu não sabia o motivo de minhas lágrimas, ele sempre esteve ao meu lado para dizer a coisa certa.

Para Jéssica Lopes, minha querida amiga amada, que durante um verão inteiro me ouviu chorar, soluçar e choramingar o mesmo problema. Quando eu sibilava um suspiro, ela já sabia sobre o que era. No dia em que eu liguei para ouvir aquela resposta definitiva, ela estava do meu lado e enxugou todas as minhas lágrimas.

Para Thabata Turczinski, meu doce, que está ao meu lado e sempre esteve. Foi aquela amiga briguenta, que me deu as broncas que eu precisava para poder abrir os olhos. Foi quem me colocou de volta à ativa e é por sua causa que hoje eu vivo um pouco menos triste.

Para Patrícia Braga, minha tangerina linda, que sofreu junto comigo o mesmo problema, pelo mesmo tempo. Enquanto chorávamos juntas, a cada dia eu tinha mais certeza de que tinha achado mais uma joia rara para minha coleção de amizades preciosas.

Para Nathalie Rocha, minha tequila indispensável, que já estava do meu lado antes mesmo de tudo acabar. Que sempre soube me fazer sorrir, até mesmo quando eu não quis, que se atrapalha em tantos apelidos e que me fez enxergar de que tudo aquilo nunca valeu à pena.

 Eu amo todos vocês com todo o meu coração, obrigado por tudo amores da minha vida.