"Não quero mais amar à ninguém.
Não fui feliz, o destino não quis.
O meu primeiro amor morreu
Como a flor ainda em botão
Deixando espinhos que hoje
Dilaceram o meu coração."
Ainda estamos no verão de 2008, e ainda nos encontramos com nossa garota e seu coração leviano.
Era um entardecer, e já se completava 3 semanas desde a partida de Gabriel, além disso eram 3 semanas de que ele não mandava notícias, não ligava e não respondia as mensagens dela.
O tempo simplesmente não passava mais. S
entada na beira da cama com os pés levemente recostados no tapete de seu quarto, Laila oscilava seus pensamentos entre ele estar recebendo suas mensagens e não querer respondê-las ou ele simplesmente não estar recebendo elas.
O que por acaso era meio difícil, já que ela mandou mensagens de dois números diferentes de telefones e os dois deram como mensagens recebidas e o mais importante, lidas.
Já fazia alguns dias que algo incomodava dentro dela, ela nunca tinha ficado tanto tempo sem falar com seu melhor amigo como ultimamente, mesmo ele não sendo o único melhor amigo dela, ele era o essencial.
O tempo simplesmente não passava mais. S
entada na beira da cama com os pés levemente recostados no tapete de seu quarto, Laila oscilava seus pensamentos entre ele estar recebendo suas mensagens e não querer respondê-las ou ele simplesmente não estar recebendo elas.
O que por acaso era meio difícil, já que ela mandou mensagens de dois números diferentes de telefones e os dois deram como mensagens recebidas e o mais importante, lidas.
Já fazia alguns dias que algo incomodava dentro dela, ela nunca tinha ficado tanto tempo sem falar com seu melhor amigo como ultimamente, mesmo ele não sendo o único melhor amigo dela, ele era o essencial.
Falando em melhores amigos, Laila tinha um melhor amigo que desde 2006 completava junto com ela os dias assim, de angústia.
Ele se chamava Samuel, tinha 26 anos, morava em uma cidade próxima à dela, mas nem tanto... ficavam à 5h de distância um do outro, mas sempre nos verões se visitavam.
Na realidade Laila não o considerava amigo, mas sim um irmão distante.
Eles sempre se ajudaram em partes difíceis e esse personagem em nossa história inteira terá uma importância mais que fundamental.
Ele se chamava Samuel, tinha 26 anos, morava em uma cidade próxima à dela, mas nem tanto... ficavam à 5h de distância um do outro, mas sempre nos verões se visitavam.
Na realidade Laila não o considerava amigo, mas sim um irmão distante.
Eles sempre se ajudaram em partes difíceis e esse personagem em nossa história inteira terá uma importância mais que fundamental.
Então ela ainda inquieta levantou-se e foi chatear sua avó, por alguns segundos ela quis simplesmente sair porta a fora e voltar somente quando seus pais chegassem de viagem mas pensou por alguns segundos e voltou ao seu quarto.
Embaixo da cama ela guardava caixas de todos os tamanhos, de todos os modelos cada uma contendo dentro de si uma curiosidade maior que a outra.
Dentro de uma caixa vermelha com um X preto na tampa ela escondia algumas cartas das quais se comunicava com Sam, em dias de muita angústia ela gostava de reler elas e procurar frases ou palavras que pudessem consolá-la naquele momento.
Dito e feito, achou uma carta na qual dizia "você não pode controlar o tempo." e realmente era aquilo que ela precisava ler para saber de que mais cedo ou mais tarde teria uma resposta para sua inquietude.
Embaixo da cama ela guardava caixas de todos os tamanhos, de todos os modelos cada uma contendo dentro de si uma curiosidade maior que a outra.
Dentro de uma caixa vermelha com um X preto na tampa ela escondia algumas cartas das quais se comunicava com Sam, em dias de muita angústia ela gostava de reler elas e procurar frases ou palavras que pudessem consolá-la naquele momento.
Dito e feito, achou uma carta na qual dizia "você não pode controlar o tempo." e realmente era aquilo que ela precisava ler para saber de que mais cedo ou mais tarde teria uma resposta para sua inquietude.
Todos os dias quando escurecia ela gostava de ir no fliperama que ficava perto de sua casa para gastar algumas fichas e ver pessoas, em uma noite serena de Janeiro ela resolveu ir mais cedo.
Calçou seu velho all-star, colocou os fones no ouvido e caminho em rumo ao flipper, enquanto caminhava colocou a mão no bolso de sua calça e curiosamente lá estava o pedaço do pingente que tinha achado no dia em que ele tinha ido viajar. Ela achou um pouco esquisito, na realidade nem se lembrava mais daquilo, guardou de novo no bolso e continuo a caminhar.
Pensou em como seria estranho se por acaso ela pudesse achar o outro pedaço daquele coração, mas como todo pensamento bobo ela logo esqueceu.
Ao chegar no flipper ela se sentou na calçada da frente, onde do outro lado se encontravam meninas de sua idade com shorts e saias minúsculos, com garrafas de bebida nas mãos e gritando para chamar mais ainda a atenção... ela sentia náusea ao olhar tudo aquilo mas, de repente a visão mudou, tudo ficou lento e o som parou. Dentro do fliperama estava Gabriel olhando para ela com um sorriso disfarçado por entre os lábios. Laila não pensou uma segunda vez levantou-se, correu e desmontou ele em um abraço.
Por um segundo eles ficaram se olhando sem nada a dizer a saudade era tanta que nem as palavras queriam incomodá-los naquele momento.
Logo riram por parecerem tão bobos no meio daquele lugar cheio de pessoas estranhas mas tão conhecidas quanto eles.
Foi passar a mão no rosto dele, quando Gabriel corajosamente afastou a mão dela de seu rosto e falou:
- Precisamos conversar Lalli.
Calçou seu velho all-star, colocou os fones no ouvido e caminho em rumo ao flipper, enquanto caminhava colocou a mão no bolso de sua calça e curiosamente lá estava o pedaço do pingente que tinha achado no dia em que ele tinha ido viajar. Ela achou um pouco esquisito, na realidade nem se lembrava mais daquilo, guardou de novo no bolso e continuo a caminhar.
Pensou em como seria estranho se por acaso ela pudesse achar o outro pedaço daquele coração, mas como todo pensamento bobo ela logo esqueceu.
Ao chegar no flipper ela se sentou na calçada da frente, onde do outro lado se encontravam meninas de sua idade com shorts e saias minúsculos, com garrafas de bebida nas mãos e gritando para chamar mais ainda a atenção... ela sentia náusea ao olhar tudo aquilo mas, de repente a visão mudou, tudo ficou lento e o som parou. Dentro do fliperama estava Gabriel olhando para ela com um sorriso disfarçado por entre os lábios. Laila não pensou uma segunda vez levantou-se, correu e desmontou ele em um abraço.
Por um segundo eles ficaram se olhando sem nada a dizer a saudade era tanta que nem as palavras queriam incomodá-los naquele momento.
Logo riram por parecerem tão bobos no meio daquele lugar cheio de pessoas estranhas mas tão conhecidas quanto eles.
Foi passar a mão no rosto dele, quando Gabriel corajosamente afastou a mão dela de seu rosto e falou:
- Precisamos conversar Lalli.
- Eu sei, mas não pode ser depois?
- Não... O que eu tenho para te dizer precisa ser dito agora.
- Mas Gabri... Para um pouco, eu tava com tan...
- Eu to namorando.
- !!? Sem reação o rosto dela emudeceu e nada mais saiu de sua boca.
- Então, eu acabei resolvendo a minha vida enquanto estive fora, longe de você eu pude pensar um pouco melhor e,...
- Longe de mim você pensou melhor? Então é um belo argumento para explicar pra sua MELHOR AMIGA de que longe se está melhor não?
- Não foi isso o que eu quis dizer, eu apenas quis te dizer que eu fiquei sozinho e acabei pensando nas coisas que eu deveria, longe de você ou não.
- Mas e as minhas mensagens? E as minhas ligações? Eu pensei em você o tempo todo, a cada dia em que você esteve lá.
- Eu li todas as mensagens, eu recusei todas as suas ligações. Laila você precisa tentar imaginar o quão difícil foi pra mim fazer isso com você, com a gente.
- Difícil? Gabriel, difícil? Além de mentiroso agora você está um pouco mais sarcástico não é?
- Laila, tenta entender!! Eu saí daqui com uma bomba relógio na cabeça, minha melhor amiga apaixonada por mim, o que poderia ser pior?
No mesmo segundo em que terminou de completar esta frase, Gabriel percebeu o deslize que cometeu em dizer que era um erro Laila se apaixonar por ele e pior que isso, colocar a culpa nela.
O rosto dela avermelhou-se, Laila deu às costas e caminhou de forma agressiva para fora do flipper.
Gabriel ficou parado observando ela ir uns segundos pensando em como poderia redimir-se, e chegou a conclusão de que ficar ali parado pensando não era uma das alternativas, então ele saiu apressado procurando por qual lado ela poderia ter ido. Olhou mais a fundo, e no final da rua via-se os cabelos loiro-arroxeados dobrarem à esquina.
Correu, o fôlego não sentiu perder pois, era mais importante alcançá-la do que pensar em qualquer coisa que pudesse ser um obstáculo naquele momento.
Com tudo Laila tinha uma característica muito própria quando magoada, ela calava-se e nada no mundo a faria falar a menos que ela quisesse.
- Espera, para!!
Laila parou de costas para Gabriel.
- Desculpa, eu não quis dizer aquilo. Mas saiu sem querer.
Laila quis se virar, mas para socar a cara dele.
- Vira pra mim por favor.
Laila virou-se.
- Não chora por favor. Mas essa é a realidade, eu não posso mentir pra ti, nem te enganar tu é a minha melhor amiga poxa.
Então ela sentiu um embrulho no estômago e a vontade de bater em seu amigo sumiu, no lugar dela veio uma vontade de nunca ter conhecido ele, pois ela sabia naquele momento que a amizade deles tinha acabado.
Ela sabia que ao sair dali, ele continuaria sendo Gabriel mas o Gabriel com namorada e ela agora em segundo plano, a amiga que sempre enxugou suas lágrimas.
- FALA ALGUMA COISA RAIOS!! Gritou Gabriel irritando-se com o silêncio intermitente.
- Eu te desculpo, se é isso o que está esperando ouvir. Mas agora eu vou embora.
E assim ela deu às costas e saiu em passos vagarosos que pesavam mais que sua própria carcaça.
Ela esperou ele a chamar ou pedir para não ir, mas isso não aconteceu.
Então continuou caminhando, olhar para trás e voltar era algo sem cogitação.
Laila foi andando sem pensar em nada, ela não queria chegar em casa com o rosto lavado de lágrimas, mas enquanto caminhava ela foi sentindo um aperto cada vez mais forte em seu peito.
Sentou-se na calçada enquanto várias pessoas passavam, algumas perguntavam se ela estava bem outras olhavam desconfiadas, ela quis ficar ali até o dia amanhecer sem pensar em nada e ver se tudo aquilo não tinha sido apenas um mal entendido.
Voltou à caminhar, na volta para casa ela continuava sem pensar, caminhava encolhida com os braços cruzados à frente de seu peito, ao chegar em casa murmurou algo para sua avó e se trancou em seu quarto.
O desespero era tão grande que em frações de segundo ela trancou a porta, ligou o som no volume mais alto, abafou um travesseiro em seu rosto e chorou, chorou até a barriga doer, quando cansada pegou um estilete e cortou seus braços como sempre fazia quando as coisas saiam um pouco do controle.
Quando mais calma pegou o celular e ligou para o seu melhor amigo, e ao pensar nisso, algumas outras lágrimas vieram.
- Olá...!
- Samm.
Com a voz pesada ela começou a contar detalhe por detalhe do acontecido.
continua...
No mesmo segundo em que terminou de completar esta frase, Gabriel percebeu o deslize que cometeu em dizer que era um erro Laila se apaixonar por ele e pior que isso, colocar a culpa nela.
O rosto dela avermelhou-se, Laila deu às costas e caminhou de forma agressiva para fora do flipper.
Gabriel ficou parado observando ela ir uns segundos pensando em como poderia redimir-se, e chegou a conclusão de que ficar ali parado pensando não era uma das alternativas, então ele saiu apressado procurando por qual lado ela poderia ter ido. Olhou mais a fundo, e no final da rua via-se os cabelos loiro-arroxeados dobrarem à esquina.
Correu, o fôlego não sentiu perder pois, era mais importante alcançá-la do que pensar em qualquer coisa que pudesse ser um obstáculo naquele momento.
Com tudo Laila tinha uma característica muito própria quando magoada, ela calava-se e nada no mundo a faria falar a menos que ela quisesse.
- Espera, para!!
Laila parou de costas para Gabriel.
- Desculpa, eu não quis dizer aquilo. Mas saiu sem querer.
Laila quis se virar, mas para socar a cara dele.
- Vira pra mim por favor.
Laila virou-se.
- Não chora por favor. Mas essa é a realidade, eu não posso mentir pra ti, nem te enganar tu é a minha melhor amiga poxa.
Então ela sentiu um embrulho no estômago e a vontade de bater em seu amigo sumiu, no lugar dela veio uma vontade de nunca ter conhecido ele, pois ela sabia naquele momento que a amizade deles tinha acabado.
Ela sabia que ao sair dali, ele continuaria sendo Gabriel mas o Gabriel com namorada e ela agora em segundo plano, a amiga que sempre enxugou suas lágrimas.
- FALA ALGUMA COISA RAIOS!! Gritou Gabriel irritando-se com o silêncio intermitente.
- Eu te desculpo, se é isso o que está esperando ouvir. Mas agora eu vou embora.
E assim ela deu às costas e saiu em passos vagarosos que pesavam mais que sua própria carcaça.
Ela esperou ele a chamar ou pedir para não ir, mas isso não aconteceu.
Então continuou caminhando, olhar para trás e voltar era algo sem cogitação.
Laila foi andando sem pensar em nada, ela não queria chegar em casa com o rosto lavado de lágrimas, mas enquanto caminhava ela foi sentindo um aperto cada vez mais forte em seu peito.
Sentou-se na calçada enquanto várias pessoas passavam, algumas perguntavam se ela estava bem outras olhavam desconfiadas, ela quis ficar ali até o dia amanhecer sem pensar em nada e ver se tudo aquilo não tinha sido apenas um mal entendido.
Voltou à caminhar, na volta para casa ela continuava sem pensar, caminhava encolhida com os braços cruzados à frente de seu peito, ao chegar em casa murmurou algo para sua avó e se trancou em seu quarto.
O desespero era tão grande que em frações de segundo ela trancou a porta, ligou o som no volume mais alto, abafou um travesseiro em seu rosto e chorou, chorou até a barriga doer, quando cansada pegou um estilete e cortou seus braços como sempre fazia quando as coisas saiam um pouco do controle.
Quando mais calma pegou o celular e ligou para o seu melhor amigo, e ao pensar nisso, algumas outras lágrimas vieram.
- Olá...!
- Samm.
Com a voz pesada ela começou a contar detalhe por detalhe do acontecido.
continua...