sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Horizontes P.1.


"Eu gostaria de saber onde vou me encontrar."



Eu hoje.
Eu hoje volto aqui um pouco menos motivada, um pouco menos pensante com palavras e frases desconexas, mas precisando falar.
Eu hoje olhei um reflexo no espelho que se parecia comigo, um olhar desfocado, um semblante cansado, um sentimento de inacabado... acho que era eu mesma.
Eu hoje pensei por muito tempo em pouca coisa, já que todas as coisas em minha vida se resumem a uma só razão, o dinheiro não me preocupa mais, o estudo é algo concreto demais para se preocupar também mas e o meu coração? 
A quanto tempo eu não parava para analisar, rever os casos, situações em que eu o coloquei contra a parede. Logo eu que vivo dizendo odiar pressão, cobrança e afins, passei esses últimos meses praticando terrorismo contra os meus sentimentos.
Já faz um bom tempo que eu venho adiando essa conversa comigo mesma, que eu deixo tudo passar, finjo que nada me abala, como meu velho pai diz: "mata no osso do peito e bola pra frente.", e assim venho fazendo mas... deu.
É hora de parar.
Eu nunca confessei pra ninguém, acredito que somente as paredes do meu quarto sabem, mas eu sou uma pessoa muito insegura e acho que nesse exato momento estou dando um tiro no meu próprio pé, mas que seja, continuarei.
Eu hoje com 20 anos de idade posso parar pra lembrar e buscar nessas lembranças alguns detalhes de convivências passadas que me fizeram assim tão insegura. 
Eu hoje sei que o que me fez ser assim foi o medo.
Medo de não ser aceita.
Medo de não agradar.
Medo de não ter amigos.
Medo de ficar sozinha.
Medo de ser julgada.
Medo de não saber amar.
Medo de ser abandonada.
Medo de magoar quem amo.
Medo de amar.
Medo.
Apenas o medo.
E todo esse tempo, e é um baita tempo, eu venho disfarçando o medo com respostas que não quero dizer, com atitudes que não quero tomar, com lugares que não quero habitar, com pessoas que não quero estar.
Eu hoje sei que todo esse tempo venho errando.
Não serei hipócrita de dizer que gostaria de voltar no tempo e refazer tudo, muito menos que aprendi com todos os meus erros.
Eu ainda sou eu, ou seja, ainda sou insegura, ainda estou com medo, ainda venho errando.
Apenas queria deixar dito que eu cheguei à conclusão de que preciso parar.
Dar um tempo.
Uma pausa.
Mas eu hoje sei quem eu sou, sem medo nem vergonha de admitir. 
Sei que vou me apegar à você, seja quem for, vou me apaixonar rapidinho, decorar suas pintinhas, saber lidar com seus defeitos, gozar das suas qualidades, esperar o fim do dia pra te ver e se não puder, apenas ligar pra ouvir você reclamar do trabalho, dos seus pais, da sua vida mas abstrair e ficar feliz por ter ouvido a sua voz.
Vou querer meus domingos ao seu lado, cheio daquela rotina que todo mundo odeia, mas que eu adoraria ter com você. Vou cozinhar para nós dois, vou ser Amélia, ir contra o feminismo e mimar você, cuidar de você. Sair de mãos dadas na rua, não ligando para o que os outros pensem, apenas ligada no seu sorriso, hipnotizada eu diria.
Deitar do seu lado, no seu peito, ficar admirando o seu reflexo no meu espelho e quando você me olhar, disfarçar. Deslizar minha mão pelas suas costas, te fazendo dormir, enquanto me sinto embebedar pela sua respiração que beija o meu rosto.
Vou brigar e chorar toda vez que sentir ciúmes, toda vez que sentir sua falta, vou procurar na minha cama sua presença e quando não encontrar, me aborrecer.
Vou dizer que não te quero mais, que não te amo, vou pedir pra você ir embora mas esperando que você fique... que peça pra ficar.
Pois é isso, eu nunca quis que você fosse, eu nunca vou querer que você se vá.
Eu hoje sei que cresci, pouco em muito tempo, mas que posso e quero crescer muito mais.
Eu hoje vou abrir mão do medo que me fez caminhar sobre cacos de vidros nesse meio tempo, e dar lugar para a esperança.
Eu hoje abro mão das pessoas levianas e peço encarecidamente que por favor, vão embora.
Eu hoje sei que sou capaz de conviver com cicatrizes de perdas, partidas e abandonos.
Eu hoje acredito que tudo em nossa vida têm um propósito, e seja qual for este propósito, nos marca sem previsão de tempo. 
Eu hoje gostaria de chegar aqui e dizer que não tenho nada marcado em mim ainda, em meus vinte e pouquinhos de idade é estranho saber e sentir que tanto já se foi de mim e quase nada ficou... Mas também é bom saber que o que foi embora, não faz mais falta, e o que ficou comigo, ficou somente para dar certeza de que é verdadeiro.
Eu hoje encerro este texto com apenas um pensamento: que venham os desgostos pois eu estou preparada.

Continua...




domingo, 24 de fevereiro de 2013

VOLTANDO AS ATIVIDADES 2013






Adivinha quem voltei! 

Pois é gente, depois de quatro meses de "recesso" eu decidi voltar a escrever e com isso acho que fico mais do que devendo uma notinha de esclarecimento.
Na realidade aconteceu muita coisa, que eu vou contar aqui com certeza, algumas boas outras nem tanto porém o que importa é que eu consegui conciliar meu tempo com tudo e voltar pra cá pra continuar atendendo os milhares de pedidos que recebo todos os dias na página social do blog e fico com dó de responder, pois eu sabia que se não fosse pra continuar desenvolvendo o trabalho que tinha começado com tanto entusiamo, boa coisa não iria sair e vocês sabem que eu gosto de sempre oferecer o melhor da minha competência.
Bom vamos começar pelas coisas boas: o livro finalmente foi diagramado, lançado e vendido. Conheci o diagramador da capa do meu livro, que foi e é uma pessoa simplesmente incrível, quando nos conhecemos eu ainda estava meio perdida em relação ao livro... na realidade eu nem tinha ideia de como seria a capa e de como eu queria que fosse. Pois bem, na nossa primeira reunião ele me questionou quais seriam as três coisas que melhores definiam a minha história.

Rapidamente respondi: - nostalgia, outono e roxo.
Juro pra vocês que foi muito espontânea da minha parte essa dedução, mas foi de coração. E logo depois disso em todas as conversas que tivemos todas foram focadas na história, algumas vezes de forma direta e outras nem tanto. Ele sempre me perguntava o que mais eu gostava na personagem principal, o que me motivava a escrever e assim as nossas conversas se prolongaram por meses, confesso que eu prolonguei tudo o que pude essa minha relação escritor-diagramador pois na época em que começamos a criação da capa eu estava sim super empolgada com tudo, e queria que ela ficasse pronta de ontem pra hoje, porém como eu já tinha dito para vocês no prólogo de tempos em tempos um "desânimo" meio que bate e fica complicado continuar.
Sendo sincera não é "complicado", eu simplesmente não consigo. Pois quando eu desanimo de fazer as coisas que quero, se eu dou continuidade começo a vê-las como obrigação e dai pra frente não fica legal. E eu sempre coloquei todo o meu carinho em todos os contos desse blog, aliás em todas as páginas desse livro. Foi quando num curto período de tempo eu fui abatida por um desânimo descomunal e tive vontade de desistir. Por isso meus queridos, decidi parar.
Foi difícil ficar esse tempo sem vocês, sem o meu refúgio, mas foi necessário pois sei que de agora em diante continuarei compartilhando com vocês as mesmas histórias nostálgicas e tristonhas de sempre, mas bem escritas.

Então vamos logo ao que interessa?
A capa foi concebida no dia 27 de Novembro de 2012. Juro pra vocês que no dia em que recebi o e-mail do Alexandre dizendo que o trabalho estava finalmente pronto eu senti um mix de emoções. Não dá pra explicar direito mas foi como sentir vontade de chorar, rir e gritar ao mesmo tempo. Pior ainda quando começamos a conferência para a visualização da capa, eu tremia pois não sabia se iria aprovar ou não. Tinha medo de me decepcionar e decepcionar ele que ficou trabalhando em cima disso à meses. Mas ok, vamos lá. Quando abri a imagem eu não acreditei no que via. Fiquei muda, perplexa, pasma. Sei lá, uma palavra só não define.

A capa era nada mais nada menos do que PERFEITA. Ela descrevia toda a minha história, tinha todos os traços que eu queria e parecia até que eu mesma estava ali na capa. Incrível...
Fiquei super aliviada por ter gostado tanto do trabalho dele que fiquei um pouco mais confiante para o próximo passo. Depois disso decidimos publicar o nosso trabalho em um site para ver até onde conseguiríamos divulgar, e superamos as expectativas com mais de 1.915 visualizações por SEMANA. Então criei coragem e decidi lançar o livro, no papel escrito, impresso. Ai que medo!
Lançado e diagramado pela Editora Mello, foram publicadas e vendidas 40 cópias. Admito que foi super estressante mas valeu muito à pena, pois realizei um sonho da minha vida. Por um tempo ainda disse para todos que me pediam mais histórias, de que não divulgaria mais nenhum conto aqui para dar mais ênfase nas vendas, mas como acabei vendendo todas as 40 cópias acho que não têm problema em dar continuidade a vida do blog.
E já adianto que quando terminar "P.s.: Pra Sempre." tenho engatilhada mais uma história, só não digo como será pois ainda estou adaptando-a. 
Então é isso meus queridos, mais uma vez peço desculpas pelo "sumiço" e por não ter respondido as centenas de e-mails, mas é que dava uma dó ler tudo aquilo na minha caixa de entrada e imaginar o desapontamento de vocês comigo... Mas continuo disponibilizando o meu e-mail para vocês continuarem mandando críticas, sugestões, elogios, dúvidas e etc. 


Deixarei como degustação a capa do livro e avisando que caso alguém ainda tenha interesse em comprá-lo, ele ainda está disponível e é só enviar um e-mail para larissa.trindade01@gmail.com que acertamos os detalhes e prometo que será entregue devidamente autografado.

Com essa me despeço.





Fui!